Na carne humana brotam-se as feridas
Feito uma erva escura florescendo
Em geometria e fome apodrecendo
E alimentando-se das nossas vidas.
Fazem surgir nas pústulas fendidas
Os córregos que vão umedecendo
De fluidos sangüíneos e trazendo
Miríades de germens homicidas.
Depois, tremendo pobre e fracamente,
Os campos totalmente deflorados
Pela infecta e pútrida semente
Germinarão os pesarosos fardos
E deixarão colher-se unicamente
Os féretros e corpos sepultados